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TEATRO DOCUMENTÁRIO

Exílio está no centro do palco, em peça sobre tema que atinge 110 milhões de pessoas no mundo

A atriz Fernanda Azevedo em cena de Exílio. Foto: Fernando Reis

11 de abril de 2024 - 15h56

Por Lúcia Rodrigues

O deslocamento forçado de pessoas é o fio condutor da peça Exílio, que estreia nesta quinta, 11, às 19h30, no Teatro de Contêiner Mungunzá, em São Paulo, e tem em seu elenco a premiada atriz Fernanda Azevedo.

A experiência vivida por aproximadamente 110 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da ACNUR, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, impressiona quem não está alheio aos tempos sombrios que assolam o planeta.

Com a proposta de teatro documentário, o Coletivo Comum chama à reflexão para as causas que forçaram essas pessoas a deixarem seus países.

Estruturado em cerca de 30 cenas, para refletir a multiplicidade dos motivos que levam ao exílio, o espetáculo tem a assinatura de Fernando Kinas na direção.

Com duas horas e vinte minutos de encenação, a peça traz também para o palco, histórias reais como a do congolês Moïse Kabagambe, morto por espancamento no Rio de Janeiro por cobrar o salário atrasado.

A construção da dramaturgia do espetáculo levou ainda em conta o livro de Bertolt Brecht, Conversas de Refugiados, traduzido pelo professor da USP Tercio Redondo, que também deu consultoria ao grupo.

Ficha técnica

Direção: Fernando Kinas
Roteiro: Fernando Kinas, com colaboração de Beatriz Calló e elenco
Elenco: Fernanda Azevedo, Maria Carolina Dressler, Renata Soul, Renan Rovida e Roberto Moura
Assistência direção: Beatriz Calló
Cenografia: Julio Dojcsar
Iluminação e operação de luz: Dedê Ferreira
Figurino: Beatriz Calló, com a participação do Coletivo Comum e pessoas em condição de migração e refúgio
Treinamento e direção vocais: Roberto Moura
Pesquisa musical e trilha: Fernando Kinas, com a colaboração de Eduardo Contrera
Assessoria dramatúrgica: Tercio Redondo (Bertolt Brecht e o exílio)
Interlocução crítica: Clóvis Inocêncio (Berna), Beatriz Whitaker, Leneide Duarte-Plon, Dominique  Durand e Cimade (Paris), Organon Art Cie (Marseille), Jean-Michel Dolivo (Lausanne), Rabii Houmazen (Marrocos e São Paulo), Museu da Imigração do Estado de São Paulo, Arro (Afeganistão e São Paulo), Padre Assis (Cabo Verde e São Paulo)
Desenho e operação de som: Lienio Medeiros
Programação visual: Casa 36|Camila Lisboa
Fotografia: Fernando Reis
Serralheiro: Fernando Lemos (Zito)
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto|Márcia Marques, Daniele Valério e Carol Zeferino
Produção: Patricia Borin
Realização: Coletivo Comum

Serviço

Onde: Teatro de Contêiner Mungunzá, rua dos Gusmões, 43, Santa Ifigênia, centro (de 11 de abril a 5 de maio) e Teatro Arthur Azevedo, avenida Paes de Barros, 955, Mooca, zona leste (de 9 de maio a 2 de junho). Não há apresentações durante a Virada Cultural (de 16 a 19 de maio)

Quando: Quinta a sábado, às 19h30 e domingo, às 18h (Teatro de Contêiner Mungunzá) e Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h (Teatro Arthur Azevedo)

Quanto: R$20, meia R$10. Gratuito para moradores da Luz, estudantes do
ensino público e pessoas em condição de migração e refúgio

 

 


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