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TRUCULÊNCIA

Polícia prende psicólogos e palhaços que atuam no atendimento a dependentes da Cracolândia

Policiais intimidam equipe que presta atendimento a dependentes na Cracolândia. Foto: Danilo Verpa

03 de setembro de 2022 - 10h55

Por Lúcia Rodrigues

Com uma acusação de pertubação à ordem pública, a Polícia Civil de São Paulo prendeu vários psicólogos e palhaços que atuam no atendimento a dependentes químicos da Cracolândia, na última quinta-feira, 1.

“Foi tudo muito violento, ficamos muito assustados”, enfatiza a psicóloga Ludmila Frateschi, filha do ator Celso Frateschi e pequisadora de estratégias clínicas de atendimento no fluxo da Cracolândia.

Psicóloga voluntária do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), ela vai à Cracolândia em torno de uma vez por mês. Durante a invasão policial, Ludmila foi atingida pelo ricocheteio de uma bala de borracha disparada.

“Tinhamos acabado de começar a atividade, quando a Polícia Civil entrou pelos dois lados do fluxo, com fuzil, metralhadora apontando para todo mundo, mandando todo mundo ajoelhar”, recorda.

Ela conta que toda a equipe que atua no projeto foi levada para a delegacia.

“Éramos quase 20 pessoas. Perguntavamos se estavamos detidos, eles diziam que não. Tiraram nossos celulares, depois devolveram. Tivemos que nos identificar. Não vimos os BOs (Boletins de Ocorrência).”

Ludmila diz que a bicicleta que usavam no atendimento na Cracolândia foi apreendida. E que o número do inquérito em que foi feita a acusação de pertubação à ordem pública não foi passado para os advogados.

Depois de mais de uma hora, ela foi encaminhada ao IML, para fazer exame de corpo de delito, e os demais foram liberados.

 


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