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LUTA

Centrais sindicais realizam Conclat em abril e apresentam pauta ao país

A primeira Conclat foi realizada em 1981, em Praia Grande, litoral paulista. Foto: Arquivo Fundação Perseu Abramo

07 de março de 2022 - 00h20

A pauta da classe trabalhadora 2022

 

Por Clemente Ganz Lúcio

Desde 2004 as centrais sindicais investem na construção da unidade de ação. Uma das iniciativas tem sido a apresentação, nos anos de eleições nacionais, de uma pauta com as propostas do movimento sindical para que o desenvolvimento do país supere as mazelas que afligem a classe trabalhadora.

Neste ano, novamente, as centrais sindicais apresentarão a pauta da classe trabalhadora, conjunto de propostas orientadas pelos eixos estratégicos do emprego, direitos, democracia e vida.

A Conclat (Conferência da Classe Trabalhadora), a ser realizada no dia 7 de abril e com transmissão nas redes sociais, será um evento de apresentação à sociedade das propostas reunidas nessa pauta, que está sendo elaborada a partir das deliberações dos congressos das centrais sindicais, sistematizadas em um documento base que está em debate nas centrais sindicais e que será consolidado a partir das contribuições oriundas dos debates.

Após o evento de lançamento será aberta uma nova etapa dos trabalhos, organizando encontros regionais para complementar a pauta nacional com propostas locais e articular a mobilização nas bases para difundir à classe trabalhadora a sua pauta e entregá-la aos/às candidatos/as.

Entre 2004 e 2015 as centrais sindicais realizaram em Brasília oito marchas da classe trabalhadora, nas quais sempre contaram com uma pauta propositiva entregue ao presidente da República, aos seus ministros e ao Congresso Nacional, desdobradas em negociações e tratativas.

Em 2007 foi apresentada a “Agenda dos Trabalhadores pelo Desenvolvimento”, contendo cerca de 150 propostas para o desenvolvimento econômico, social, trabalhista e sindical.

Em 2010, a “Agenda da Classe Trabalhadora para um projeto de desenvolvimento, com soberania, democracia e valorização do trabalho”, foi lançada em um grande evento realizado no Estádio do Pacaembu, que recebeu mais de 30 mil dirigentes e trabalhadores de todo o país.

Mais uma vez o investimento na unidade de ação busca incidir no processo eleitoral de forma propositiva, aportando uma agenda para o desenvolvimento nacional no contexto das profundas mudanças no mundo do trabalho e dos desafios ambientais, indicando a centralidade das questões laborais como estruturante de estratégias que articulem e sustentem o crescimento econômico a partir de um sistema produtivo promotor de sustentabilidade socioambiental, com a geração de empregos de qualidade e o incremento da renda do trabalho, bem como destacando a necessidade de mudanças profundas no sistema de relações de trabalho, na valorização dos sindicatos e da negociação coletiva, a promoção efetiva de proteção social, trabalhista e previdenciária para todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras.

 

Clemente Ganz Lúcio é sociólogo, assessor do Fórum das Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do Dieese

 


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