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DEFENSORA DOS DIREITOS HUMANOS

Presidentes latinoamericanos lamentam morte de Hebe de Bonafini, líder das Mães da Praça de Maio

A presidente da Associação Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini

20 de novembro de 2022 - 23h47

Por Lúcia Rodrigues

A morte da argentina Hebe de Bonafini, presidente da Associação Mães da Praça de Maio, neste domingo, 20, aos 93 anos, foi lamentada por vários presidentes latinoamericanos.

Eles usaram as redes sociais para lembrar a importância da líder da primeira organização de defesa dos direitos humanos a enfrentar a ditadura argentina na luta por justiça.

Hebe assumiu protagonismo após ter dois filhos e uma nora sequestrados e assassinados pela ditadura militar que deu um golpe de Estado, em março de 1976.

Durante anos a fio, liderou uma marcha todas as quintas-feiras em frente à Casa Rosada, sede da Presidência da República, para protestar contra as violações perpetradas pelo governo dos generais.

Com seus tradicionais lenços brancos, viraram referência mundial na luta por memória, verdade e justiça.

Neste domingo, o governo argentino decretou luto de três dias pela morte da dirigente das Mães da Praça de Maio.

Alberto Fernández, presidente da Argentina, também rendeu homenagem no Twitter.

“Com a partida de Hebe de Bonafini perdemos uma lutadora incansável. Lutando por verdade e justiça junto às Mães e Avós, enfrentou os genocidas quando o senso comum ia em outra direção. Com enorme carinho e sincero pesar, me despeço. Até sempre Hebe.”

A vice-presidente, Cristina Kirchner, também destacou a importância de Hebe.

“Queridíssima Hebe, Mãe da Praça de Maio, símbolo mundial da luta por Direitos Humanos, orgulho da Argentina. Deus te chamou no dia da Soberania Nacional… não deve ser casualidade. Simplesmente obrigada e até sempre.”

 

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que Hebe ajudou a criar um dos mais importantes movimentos democráticos da América Latina.

 

O presidente cubano Miguel Dias-Canel Bermúdez frisou que a morte de Hebe de Bonafini dói nos cubanos, como o de uma pessoa próxima e querida.

“Sempre a recordaremos condenando os genocidas e brigando por um mundo justo que defenda seus filhos. Nossas condolências aos familiares e toda #Argentina.”

 

O presidente da Bolívia, Evo Morales, também prestou sua homenagem.

“Muito triste e consternado pela partida da irmã Hebe de Bonafini, histórica, muito respeitada e querida presidente das Mães da Praça de Maio. Sua luta incansável e incorruptível contra as ditaduras por memória, verdade e justiça é um exemplo para as novas gerções.”

 

Gabriel Boric, presidente do Chile, também lamentou a morte da presidente das Mães da Praça de Maio.

“Meu mais profundo pesar ao povo argentino e em especial à família de Hebe de Bonafini, fundadora das Mães da Praça de Maio. Do Chile nos despedimos com profundo respeito e admiração por sua luta inquebrantável por verdade, memória, justiça e direitos humanos.”

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, enfatizou a importância de Hebe para a América Latina.

“A Pátria Grande honra  a uma valiosa mulher lutadora e profundamente revolucionária que hoje 20 de novembro, se faz eterna. Grande Hebe de Bonafini! Estarás sempre nos corações do povo venezuelano e latinoamericano. Te recordaremos eternamente!

A ex-presidente Dilma Rousseff também se manifestou a respeito. “Viverá como exemplo de mulher e personificação da coragem.”

 

 

 

 

 


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