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25 DE ABRIL

Sem comandante Otelo Saraiva de Carvalho, Revolução dos Cravos completa 48 anos; assista filme

Em 2020, por causa da pandemia, os portugueses comemoraram a Revolução dos Cravos às janelas

25 de abril de 2022 - 05h37

Por Lúcia Rodrigues

A Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura salazarista em Portugal, completa 48 anos nesta segunda-feira, 25. E, pela primeira vez, seu estrategista não estará presente.

O comandante Otelo Saraiva de Carvalho morreu há exatos nove meses, no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa.

Quando criança sonhava ser ator, mas foi impedido pelo pai. Migrou para a carreira militar por sugestão do avô.

Mal sabia ele que se converteria em personagem central no teatro de operações da história portuguesa.

Moçambicano de Lourenço Marques, atual Maputo, Otelo foi o estrategista da ação que mudaria para sempre os rumos de Portugal.

Ao lado do capitão Fernando José Salgueiro Maia, que faleceu há 30 anos, escreveram seus nomes em definitivo no Panteão Nacional.

Os dois foram os responsáveis pelo xeque-mate no regime salazarista que oprimiu os portugueses por 48 anos.

A partir do posto de comando instalado no Regimento de Engenharia N° 1, localizado na Pontinha, região metropolitana de Lisboa, Otelo comandou o processo revolucionário.

Com um mapa rodoviário fixado na parede do QG da revolução, acompanhava passo a passo o deslocamento das tropas de várias partes do país em direção a Lisboa.

A cada instalação conquistada pelos capitães de abril, soava o telefone informando Óscar, codinome de Otelo, que a revolução avançava.

Um a um foram caindo os objetivos estabelecidos como fundamentais para a tomada do poder.

Coube ao capitão Salgueiro Maia, comandante operacional do Movimento das Forças Armadas, dar o ultimato ao regime.

Com sangue frio, impediu que a ditadura tentasse algum revés contra a revolução.

Não hesitou em enfrentar, com uma granada na mão, os tanques dos militares fiéis ao regime que pretendiam virar o jogo.

Foi Salgueiro Maia quem também ordenou abrir fogo contra o Quartel do Carmo, onde Marcello Caetano, chefe do governo, se refugiava.

Encurralado, pelas tropas de Maia, Caetano foi obrigado a abrir mão do poder.

Assista a seguir A Hora da Liberdade, uma produção da SIC, que mostra as participações decisivas de Otelo e Salgueiro Maia na derrocada da ditadura salazarista.

 


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