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Sociaisdemocratas e neoliberais vão dividir presidência do parlamento português

Os líderes do PS, Pedro Nuno Santos, e do PSD, Luís Montenegro, chegaram ao acordo nesta quarta-feira

27 de março de 2024 - 11h42

Por Lúcia Rodrigues

O PS (Partido Socialista), de viés socialdemocrata, e o PSD (Partido Social Democrata), de perfil neoliberal, vão dividir a presidência da Assembleia da República, o parlamento português, após um acordo firmado entre seus líderes nesta quarta, 27.

O que parecia improvável ocorreu, depois que o partido fascista Chega rompeu o acordo com PSD, que garantiria votos suficientes para os neoliberais ocuparem a presidência da Casa e a extrema direita assumir uma das quatro vice-presidências, além de outros cargos importantes na mesa diretora.

Ao ser questionado pela imprensa se seu partido não foi o grande responsável por empurrar os neoliberais para uma aliança com o PS, o líder do Chega, André Ventura, responde que estava disponível para as negociações à direita.

“O PSD não quis fazer (o acordo) à direita. Nós tivemos as portas abertas até que o PSD fez a sua opção (pela aliança com o PS). Escolheu a sua companhia. Foi feito um acordo à esquerda, em um Parlamento que tem maioria à direita. Isso é simbólico”, critica.

E antecipa que o Chega irá para a oposição. “Fica claro que PSD e PS vão entender-se nesta legislatura. Hoje, o Chega assume-se como oposição.”

Com a aliança, as duas bancadas terão 158 parlamentares, o que garante uma folga governativa elástica, já que para aprovar projetos na Casa são necessários pelo menos 116 votos.

Pelo acordo, o PSD vai presidir a Assembleia da República até setembro de 2026, e o PS assumirá nos dois últimos anos da legislatura.

A votação que irá ratificar o acordo ocorre nesta tarde.

 

 

 


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