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PANELA TÁ VAZIA

Lideranças populares se reúnem em São Paulo para ampliar comitês contra carestia

01 de junho de 2022 - 12h41

Por Lúcia Rodrigues

Lideranças populares e sindicais se reúnem no final da tarde desta quarta-feira, 1, na Câmara Municipal de São Paulo, para definir os próximos passos e as estratégias de ação para ampliar o debate com a população sobre o combate à carestia, que fez os preços explodirem no último período.

“Nossa ação é de base. Vamos onde o povo está passando dificuldades, onde o povo não tem dinheiro sequer para pagar uma passagem, para ir a um ato no centro da cidade. Vamos debater com as pessoas onde elas moram, na base”, explica Antônio Pedro de Sousa, o Tonhão, um dos coordenadores da campanha contra a carestia.

Ele conta que a luta contra o aumento dos preços começou há mais de um século no Brasil. “A primeira vez foi em 1913, no Rio de Janeiro. Depois em 1917, se repetiu novamente no Rio, puxada por movimentos sindicais anarquistas.”

A campanha contra o aumento dos preços retornaria às ruas do país na década de 1950, de acordo com Tonhão, que também é dirigente da Facesp (Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo).

“Em 1953, o protesto foi puxado pelos operários têxteis. Foram grandes mobilizações. Teve ato com cerca de 60 mil pessoas em frente ao Palácio dos Campos Elíseos (então sede do governo do Estado de São Paulo). O movimento se espalhou pelo Estado e chegaram a fazer uma manifestação com 300 mil pessoas, chamada de Marcha das Panelas Vazias.”

A última campanha contra a carestia ocorreu durante a ditadura militar. “Começou em 1973 e se estendeu até 1982. Durou praticamente uma década e ajudou a acelerar o fim da ditadura. Foi um movimento puxado pelas donas de casa, associações de bairro, que teve o apoio da Igreja Católica por meio das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs)”, recorda.

A campanha deste ano também envolve setores religiosos progressistas. E segundo ele, tem o apoio de parlamentares como o vereador Eduardo Suplicy (PT), os deputados federais Orlando Silva (PCdoB) e Alexandre Padilha (PT), do dirigente sem teto Guilherme Boulos, além do ex-presidente Lula.

Com o mote: Abaixo a Carestia, que a Panela tá Vazia, lideranças sociais que vivem em bairros populares, comunidades, favelas e periferias fazem o debate com a população que mora nesses locais.

“Os capitalistas exploram os trabalhadores. O salário não dá conta do padrão mínimo de consumo. Há a corrosão dos salários por causa de uma inflação galopante, do descontrole total dos preços dos combustíveis, da energia, dos gêneros alimentícios de primeira necessidade, da cesta básica, que empobrece os trabalhadores mês a mês”, enfatiza.

O movimento liderado por Tonhão também lançou um manifesto, que já tem a adesão de dezenas de entidades, e um abaixo-assinado que está recolhendo o apoio da população. Veja os dois documentos abaixo.

A reunião desta terça vai traçar uma agenda de atividades para campanha nas próximas semanas. Nesta quinta-feira, 2, ocorre uma panfletagem no metrô Capão Redondo, na zona sul, às 14h, organizada pela UBM (União Brasileira de Mulheres)  e União Popular de Mulheres, que integram a campanha contra a carestia.

 

 


Comentários

Rubens

02/06/2022 - 00h14

Temos que nos manifestar o Brazil um país rico temos terra .petróleo . água em abundância aí os governantes vende nossas riquezas para fora eo povo fica passando necessidade .

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