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60 ANOS DO GOLPE MILITAR

Assista ao vivo, às 16h, ato em frente ao antigo DOI-Codi de SP e Caminhada do Silêncio em repúdio ao golpe de 64

Detalhe da manifestação no pátio do antigo DOI-Codi em descomemoração aos 50 anos do golpe militar, organizada pela Comissão Estadual da Verdade de São Paulo, em 2014. Foto: Lúcia Rodrigues

31 de março de 2024 - 01h16

Por Lúcia Rodrigues

A capital paulista será palco neste domingo de Páscoa, 31, de um importante ato em descomemoração aos 60 anos do golpe militar.

A Caminhada do Silêncio, que será retransmitida por Holofote, abre as manifestações de rua,  às 16h,  com um protesto no pátio do local onde funcionou o DOI-Codi, principal centro de tortura da ditadura militar, na rua Tutóia, 921, no Paraíso, zona sul de São Paulo.

Ali foram mortos pela repressão durante os Anos de Chumbo, pelo menos 50 presos políticos. As vítimas mais conhecidas são o estudante de Geologia da USP Alexandre Vannucchi Leme, em março de 1973, e o jornalista Vladimir Herzog, o Vlado, em outubro de 1975.

Até hoje, funciona no local a 36ª Delegacia de Polícia.

Neste domingo, ex-presos políticos retornam ao espaço para, ao lado de representantes de movimentos sociais, fazerem pronunciamentos críticos à ditadura militar e seus desdobramentos que culminaram na tentativa de golpe em 8 de janeiro do ano passado.

Após a manifestação, a passeata silenciosa inicia a caminhada rumo ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, localizado em frente ao Parque Ibirapuera, na avenida Pedro Álvares Cabral, onde o protesto será encerrado.

“No Monumento entoaremos os nomes de vítimas da violência de Estado do passado e presente e teremos uma apresentação musical com o Tobias, da (escola de samba) Vai-Vai, que entoará o Canto das Três Raças“, antecipa o historiador César Novelli, do Núcleo Memória, uma das entidades organizadoras da Caminhada do Silêncio.

Ele pede para que os participantes levem flores e cartazes com as fotos de mortos e desaparecidos políticos da ditadura e de vítimas da violência policial do presente. Além de frisar que a manifestação também cobra a responsabilização dos perpetradores contra os direitos humanos.

O ex-presidente da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, Adriano Diogo, que participará da manifestação, considera que a Caminhada do Silêncio será um sucesso.

“Acredito que terá uma adesão maciça, diante da covardia do governo brasileiro. É na Semana Santa, que há mais de dois mil anos, os cristãos fazem um movimento de memória (que lembra a tortura e morte de Jesus), embora muitos papas tenham tentado obstaculizar essa homenagem”, alfineta.

 


Comentários

Marcelo Santa Cruz

31/03/2024 - 19h09

Não há o que esquecer
Não há perdão para crime contra a humanidade. Tortura Nunca Mais, Parabens pela caminhado do silêncio, é o grito pela Reinstalar a Comissão Especial Sobre os Mortos e Desaparecidos Politicos

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